Educação
Ensinando a juventude a conviver
Círculos de diálogo vão preparar professores estaduais para atuar como multiplicadores da cultura da paz
Paulo Rossi -
Uma parceria feita entre o Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania (Cejusc), a Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar (Cipave) da 5º Coordenadoria Regional De Educação (5ª CRE), o Instituto Federal Sul-rio-grandense (IFSul) e a prefeitura de Pelotas está promovendo a paz através do diálogo. O curso de formação de professores estaduais busca, através da realização de círculos da construção da paz, a capacitação a fim de prevenir conflitos e trabalhar temas como respeito e perdão. Na tarde de hoje, a Escola Técnica Estadual João XXIII recebeu o projeto, que teve início na terça-feira e termina amanhã.
Dezenove professores participaram das atividades práticas, que existem desde 2013 por aqui. Outras cidades do Estado, como Porto Alegre e Caxias do Sul, já trabalham há dez anos com a ideia. Com uma redução significativa dos índices de violência, a ação utiliza como metodologia as estratégias da Justiça Restaurativa, que busca estabelecer um diálogo para resolver conflitos. Além de professores de Pelotas, profissionais de Turuçu e Capão do Leão compareceram e estão comprometidos a "desenvolver valores e fortalecer vínculos", conforme explica a coordenadora regional da Cipave, Dóris Noronha.
De acordo com a professora Mara Peres, o IFSul atua como formador de facilitadores do método, preparando os profissionais para multiplicar as questões de paz nas escolas e promover uma "comunicação não violenta". A ideia é não focar apenas nos conteúdos dados em sala de aula, mas escutar ideias e educar para o convívio em sociedade. Em Pelotas, o Cejusc é responsável por desenvolver trabalhos de combate à violência. O coordenador Marcelo Cabral afirma que estratégias de paz e a busca por ensinar a conviver são essenciais em tempos de "crise de respeito e solidariedade".
O encontro contou com a exposição de propostas de trabalhos no centro das rodas de conversa e objetos, como plantas e pedras, para atrair energias positivas. O encerramento foi feito com poesia e música. Agora, os professores terão o acompanhamento da organização para produzir projetos que serão implementados nas escolas com base no que foi aprendido. Em uma carta escrita à mão destinada à equipe, Gilceane Mota elogiou e demonstrou sua gratidão por fazer parte da ação. Ela conta que percebeu como o profissional da educação precisa de forças para se dedicar ao trabalho, mas também é necessário um tempo livre, "trabalhando sem a burocracia e a formalidade do ambiente".
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